Não sei por que este medo surdo-mudo
Se tudo parece tão calmo
De todas as situações, revolucionárias ou não,
Esta me parece das menos assustadoras.
Paro, penso, respiro
Repasso e checo cada item da lista de afazeres e compromissos
A banalidade, o tédio, e acima de tudo a miséria
E a sensação de afogamento
Em dívidas, contas, e embalagens vazias como a geladeira
E um cotidiano de acordar cedo, e trabalhar, e dormir
A vida oscila como o cachorrinho enforcado no chaveiro
E a minha vida jaz como a carteira de motorista na carteira
[inútil]
Nenhum comentário:
Postar um comentário