Não há nada que acalme um coração que faz
Do amargo seu sabor
Nada basta a minha alma que reclama sem paz
Os teus beijos sem amor
Vejo céu negro derramar
sobre a cidade a sua dor
Meus olhos no rastro do sol
que a tempestade nunca apagou
Não há nada no mundo que acalme um coração que faz
Do amargo seu sabor
Nada basta a minha alma que reclama sem paz
Os teus beijos sem amor
Vejo céu negro derramar
sobre a cidade a sua dor
Meus olhos no rastro do sol
que a tempestade nunca apagou
pra onde vão desejos?
palavras sem razão?
Pra onde vão palavras?
versos ao vento vão
[Balada do céu negro - Zeca Baleiro]
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
...
indo..
indo...
não, não está tudo bem, está tudo "indo".
.
.
.
só não sei pra onde.
consigo ver todos os compartimentos da minha vida, organizadamente dispostos em uma planilha da Microsoft Office Excel 2003. Estão lá os nomes, datas e prazos de validade dos meus desafios, todos inacessíveis, ou inacessados. Todos tão fáceis de resolver, mas todos parados.
.
.
.
uma coisa disforme e inominável insiste em sugar as energias, e toda a ordem e método que pudesse haver no meu pensamento.
...e eu continuo indo, indo, indo...
arrastando uma bagagem cada vez maior de um nada muito concreto e potencializado.
indo..
indo...
não, não está tudo bem, está tudo "indo".
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só não sei pra onde.
consigo ver todos os compartimentos da minha vida, organizadamente dispostos em uma planilha da Microsoft Office Excel 2003. Estão lá os nomes, datas e prazos de validade dos meus desafios, todos inacessíveis, ou inacessados. Todos tão fáceis de resolver, mas todos parados.
.
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.
uma coisa disforme e inominável insiste em sugar as energias, e toda a ordem e método que pudesse haver no meu pensamento.
...e eu continuo indo, indo, indo...
arrastando uma bagagem cada vez maior de um nada muito concreto e potencializado.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
a cura
eu quero o suco de todas as frutas
o doce, o amargo o azedo, o salgado...
eu quero flores multicolores, e frutas de mil sabores
.
.
.
e todo o sangue do mundo
em transfusão
pra acabar com essa anemia...
o doce, o amargo o azedo, o salgado...
eu quero flores multicolores, e frutas de mil sabores
.
.
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e todo o sangue do mundo
em transfusão
pra acabar com essa anemia...
dos delírios na janela
...
eu não sei direito como subi aqui
alto demais, mas não o suficiente
talvez eu quisesse subir mais, bem mais
.
.
.
descer é mais fácil.
mas eu preciso reaprender os sentidos...
o modo de pensar,
a respiração controlada,
o vôo raso.
...
só se eu me esquecesse de tudo...
engolisse a cidade
pela janela,
toda a cidade.
eu quero a cidade além da janela!
eu quero todas as pessoas da cidade!
mastigar e engolir tudo!
.
.
.
se ao menos eu pudesse... respirar...
eu não sei direito como subi aqui
alto demais, mas não o suficiente
talvez eu quisesse subir mais, bem mais
.
.
.
descer é mais fácil.
mas eu preciso reaprender os sentidos...
o modo de pensar,
a respiração controlada,
o vôo raso.
...
só se eu me esquecesse de tudo...
engolisse a cidade
pela janela,
toda a cidade.
eu quero a cidade além da janela!
eu quero todas as pessoas da cidade!
mastigar e engolir tudo!
.
.
.
se ao menos eu pudesse... respirar...
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