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terça-feira, 12 de outubro de 2010

ESTA NOITE OU COMO ME TORNEI UM BURACO NEGRO?

CENA I:

Um apartamento. Vazio de pessoas, e repleto de todo o resto: mobília irregular, copos sujos, latas vazias de cerveja, cinzeiros improvisados, e sombras
Uma sombra se destaca, no centro da sala, sob cobertores e almofadas, sobre um velho colchão de casais.

CENA II:
O vento uiva e congela, as ruas não dormem. A noite segue escura, mas a avenida está sempre clara, artificialmente clara. Passam alguns carros, obviamente repletos de bêbados que voltam de suas orgias, ou procuram novas, insaciáveis.

CENA III:
Um buraco negro.
Fragmentos de teorias de velhos burgueses, e teorias de novos e velhos revolucionários. Palavras soltas e versos ininteligíveis. Cenas inacreditáveis, surreais ou abstratas. Fragmentos também de sensações, sinestésicas. Um buraco negro. Ou roxo, de inveja. Ou negro de fome. Ou vermelho de paixão. Ou branco de resignação. Ou negro.

ÚLTIMA CENA:

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